3º Dia - 11 de Setembro de 2002 – 4ª feira
Villanueva de Campeán – Zamora – 18,4km
Estou a sair de Villanueva de Campeán e a paisagem já mudou um pouco. Levo a roupa a secar nas costas da mochila. Esta é uma situação que se irá repetir quase todos os dias do Caminho.
Travessia da autoestrada através do Caminho de Santiago...
Continuam as bolhas nos pés. O compeed permite-me continuar a caminhar .
A minha urina já voltou ao normal. Ontem estava vermelha. Fiquei um pouco assustado com isso, mas acho que se deve ao facto de desde que sai de Portugal só ter comido “porcarias”. Durante o dia como umas barras de cereais e à noite tinham sido aqueles pacotes de “tortelinis” – só juntar água.
O esforço é grande e a alimentação tem sido uma lástima. Excepto ontem ao jantar e hoje já se nota uma grande diferença.
Chego a Zamora ainda de manhã. A jornada de hoje é curta, e os meus pés agradecem. Esta lindíssima cidade não tem albergue. Já não posso montar a tenda em qualquer lugar. O guia fala num hostal que custa cerca de 3000 pesetas. Se o Parque de Campismo ficar muito longe fico no hostal.
Atravessando a ponte de entrada em Zamora
O casco histórico – centro histórico - é lindíssimo.
A Catedral é mais pequena que a de Salamanca, mas igualmente bonita. Passei pela Igreja de S. Pedro Ildefonso.
Fico a saber que o Parque de Campismo mais próximo fica a 2-3km na direcção contrária do Caminho. Fora de hipótese ir até lá para dormir.
Dirijo-me até lá e constato que se trata de um albergue juvenil, tipo Pousadas da Juventude. Perguntaram-me se tinha o cartão de alberguista. Se não tiver, não posso ficar.
Depois de conversar com a senhora ela informa-me que há uma possibilidade. Para isso terei de requisitar e pagar o cartão de alberguista.
Que bom. Uma noite num albergue de jovens, em tudo igual a um hotel, com um quarto single para mim.