11º Dia - 19 de Setembro de 2002 – 5ª Feira

Ponferrada – Villafranca del Bierzo - 22,5km

 

Estou a chegar a Columbrianos. A paisagem é deslumbrante! Estou na região Del Bierzo que é zona de vinhos, por isso, a paisagem é de vinhas. Por todo o lado...

 

 

Igreja em Columbrianos

 

 

Camponaraya - Torre do Relógio

 

 

Na estrada para Cacabelos 

 

 

Vinhas em Cacabelos

 

 

Ponte em Cacabelos

 

 

Cacabelos - Santuário de las Angustias e albergue 

 

Fisicamente está tudo bem, à excepção de uma pequena dor no ombro e nádega direitos. Penso que pode ser da posição da mochila, ou do que tenho dentro dela estar mais pesado para o lado direito.

Ao calçar, reparei numa pequena bolha na parte superior do pé e ao passar com a mão por cima, desfez-se! Lá desinfectei e coloquei um penso rápido. Hoje não liguei os pés. Até agora tudo bem.

Hoje está bom tempo e estou a aproveitar para secar a roupa, que está pendurada na mochila enquanto caminho – tipo estendal ambulante…

 

As paisagens são magníficas!! Absolutamente lindo!!

 

As igrejas, o castelo, as ruas, tudo é muito bonito nesta terra encaixada entre as montanhas.

 

 

Villafranca del Bierzo ao fundo, no meio das montanhas

 

 

Villafranca del Bierzo - Castillo de los Marqueses de Villafranca 

 

 É aqui que fica o a “Puerta del Perdón”, que faz parte de uma igreja. Os peregrinos que, por doença, não conseguissem chegar a Santiago, se passassem esta porta recebiam igualmente o perdão.


Puerta del Perdón


 

Sem ainda saber, o dia de hoje vai ficar bem marcado no meu Caminho.

A chegar a Villafranca del Bierzo, o Caminho dava-me 2 opções. Ou pela estrada de alcatrão ou por caminho de terra por entre as propriedades repletas de vinhas. O destino tem destas coisas: escolhi, como sempre o faço, o caminho por terra batida. Dos restantes peregrinos, quase ninguém o faz, porque caminhar pela estrada é mais curto, mas eu tenho aversão ao alcatrão.

No meio de umas vinhas encontro uns peregrino, completamente perdidos, sem saberem por onde ir, pois as marcações naquela zona não se viam. Chamei-os e disse-lhes “Ei!! Não é por aí!!

 

 

Foi por aqui que encontrei os peregrinos perdidos

 


 

Chegou-se um peregrino a mim, a dizer que não era por ali, pois tratava-se de um campo semeado. Insisti que era por onde eu indicava e lá me seguiram. E eu tinha razão. Ainda não sabia que a partir daí, até Santiago faríamos o Caminho juntos...